domingo, 1 de abril de 2012
Poesia - Cristina Lopes
Dualidade
Parte dela apraz-se na solidão das horas vazias
Outra, busca a si mesma na solidão que tantos olhos prenunciam
Uma delas faz as malas e se lança em estradas inóspitas
Outra, enverga, pondera, e deixa-se levar pelos desígnios de uma Força Maior
Aquela Outra se veste, reveste, travesti de horror
Aquela Uma se cobre com a cor do dia: esplendor!
A Uma dança nua pra lua um blues desconcertante
enquanto a Outra devota, recita sutras inacabáveis
Delas, há uma que quer amar
Há outra que se diz bastar
Das duas, Uma aspira pela glória fulgaz
Enquanto Outra inspira, expira........om!
E o tempo, conciso, a Uma eternizará
À Outra, concederá soberania plena das formidáveis sensações de simplesmente ser humana.
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