rapa de angu é um bom tira gosto - foto da Leticia Caetano

terça-feira, 31 de maio de 2016

Me casé con un boludo

Onde:
Cine Belas Artes
Horário:
16h30
19h
21h20


No caminho tinha...





 Tinha Luiz, Lucas,Pedro,
Raquel, Mauricio, Cris
Tinha campo de meninos
e camisas coloridas
Tinha montanhas, cachoeiras
das Maças, curva do Rio,
Trancado,
flores e rios
Tinha buteco,
cerveja gelada,
Tinha carne de panela,
banana verde frita
Tinha ponte velha,
tinha flor no cabelo
Tinha neblina
Tinha tudo....


Sim, foram 30...

Foram 30, 29,28,27,26,25,24,23,22,21,20,19,18,17,17,15,14,13,12,11,10,9,8,7,6,5,4,3,2,1. Tudo? sim, 30 homens sobre seu corpo frágil de mãe, menina, mulher.Da vila, na rua, do sonho, sem sonho, da dor, do terror. Do sangue. Sem dignidade. Sem respeito.E ela tem apenas 16 anos....e agora justiça?

Dica de Álvaro Gentil


Dilma volta

Murilo Rocha
Governo Temer já pode acaba

PUBLICADO EM 26/05/16 , Jornal OTempo
Se havia dúvidas ou vontade de não ver, agora não tem mais jeito. O impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) foi uma grande farsa liderada no Congresso por partidos como PMDB e PSDB, com a conivência de parte do Judiciário, do empresariado e da imprensa. Entre os motivos: livrar-se de Dilma e do PT, assumir a Presidência e salvar a própria pele de eventuais desdobramentos da operação Lava Jato. A caracterização das pedaladas fiscais como crime de responsabilidade fiscal defendida por advogados, especialistas e jornalistas era uma falácia.

Não se trata de uma versão petista da história. O passo a passo da tramoia foi revelado pelos próprios conspiradores. As conversas gravadas, e agora divulgadas, entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e, principalmente, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), com o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado sugerem negociações para aprovar o impeachment a fim de arrefecer a Lava Jato. As investigações de desvios na Petrobras e em órgãos ligados a ela atingem Renan e Jucá e, segundo eles mesmos, se espalhariam por todo o Congresso, sobrando “só uns cinco ou seis” parlamentares.

Não há como legitimar ou dar credibilidade ao presidente provisório Michel Temer se seu governo tiver sido articulado a partir de uma fraude. Um dos artífices do impedimento de Dilma no Senado, Jucá, inclusive, foi premiado por Temer, como forma de gratidão, com um dos mais importantes ministérios, o do Planejamento. Não durou 12 dias no cargo, confirmando a gravidade do conteúdo das conversas grampeadas.

Não faz nenhum sentido ficar discutindo a aprovação de meta fiscal ou o novo plano econômico do governo interino quando toda a tramoia do impeachment vem à tona. Reconhecer Temer como presidente é insistir em sustentar uma farsa insustentável. A história cobrará esse preço. A resistência ao novo governo não está situada apenas no núcleo cultural e em movimentos sociais ligados ao PT. Ela vai muito além de um grupo de artistas e do MST, e só tende a crescer após os recentes escândalos e, principalmente, depois do esfolamento, pretendido pelos atuais ocupantes do Planalto, das parcelas mais pobres da população – vide corte de gastos na saúde e na educação previstos no recém-anunciado plano econômico.

Para além da ilegitimidade do governo provisório de Temer, ficam também uma série de dúvidas após as revelações dos áudios do ex-dirigente da Transpetro com senadores. Se as conversas foram gravadas em março, mesma época do grampo de Lula com Dilma divulgado de imediato e propositalmente pelo juiz Sergio Moro para barrar a posse do ex-presidente como ministro, por que só agora essas conversas envolvendo peemedebistas foram reveladas? O conteúdo das gravações, por certo, barraria o impeachment.

Também são estranhos o silêncio e a paralisia de Moro e do STF – especialmente de Gilmar Mendes e de Celso de Mello, outrora falantes – diante dos novos áudios. Por que os ministros do Supremo estavam “putos” com Dilma, conforme afirmou Renan? E, diabos, qual é o esquema do Aécio?




segunda-feira, 30 de maio de 2016

O bazardalena tá cheio de casaquinhos pra te aquecer no inverno. Do xadrez ao casaco de couro, veluto e brim. É assim, você marca o horário e eu te espero...








segunda-feira, 23 de maio de 2016

O blog rappadeangu está de volta. No formato de informativo semanal você vai encontrar nele dicas de lugares, livros, cinema. Artigos que foram destaque na semana ou artigo que você escreveu e quer colocar na roda. O país tá complicado, né? vamos falar da nossa resistência, da nossa luta nas ruas pela volta da democracia, da nossa presidente.  Você pode participar enviando artigos, fotos, dicas de lugares. Aquela cachoeira que você foi e amou? pode colocar na roda, prometemos não deixar lixo e nem roubar flores do seu caminho.Comida gostosa? mande sua receita também. Pesquisas, destaques, um beijo na Dilma, abraço no papa, no Chico Buarque... Hum, que delícia compartilharmos nossos momentos alegres, nossas aflições e esperanças.
Beijos
Lena Alves

Dica livro Alvaro Gentil



CASA DAS ESTRELAS: O UNIVERSO CONTADO PELAS CRIANÇAS

editora: FOZ

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sinopse: Durante mais de dez anos o professor Javier Naranjo guardou as definições que seus alunos do curso primário (entre 3 e 10 anos) davam para palavras, objetos, pessoas e, principalmente sentimentos, em suas aulas de espanhol. Algumas centenas destas definições estão reunidas em Casa das Estrelas. São poéticas, engraçadas, muitas vezes melancólicas. 

Livraria do Álvaro
Rua Domingos Vieira, 319
sala 1008
Bairro Santa Efigênia
Telefone: 25351901

domingo, 22 de maio de 2016

No caminho tem....











Flores das montanhas mineiras num dia de sossego...

Dica da semana: o FIT Começou...


O Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte - FIT-BH acontece até 29 de maio e apresenta com mais de 70 atrações, entre espetáculos nacionais e internacionais (de oito países) e atividades afins ao universo das artes cênicas, distribuídas em teatros, espaços alternativos e, claro, pelas ruas, praças e parques da capital mineira.
E é justamente num espaço aberto – a Praça da Estação – que a maratona iniciou  com os franceses da Compagnie Off  e o seu “Les Girafes, Opérette Animalière”. Um espetáculo na acepção do termo, com direito a muita música, efeitos especiais, atores e, claro, as girafas citadas no título: gigantes, vermelhas e articuladas.

Artigo da semana: Anomalias no logo do governo Temer








Por Wilson Ferreira
Discursos podem mentir, mas as imagens não. Talvez porque a linguagem visual esteja próxima da lógica dos sonhos, ela pode revelar atos falhos e sintomas por trás dos simbolismos políticos e ideológicos. A marca visual criada pelo “novo” governo Temer pelo marqueteiro Elsinho Mouco obviamente é dominada por alusões aos simbolismos da bandeira nacional. Mas no meio do azul, verde, amarelo e branco saltam atos falhos análogos aos sintomas da psicanálise: estranhos domínios de cores, degrades e sólidos geométricos  que, comparando as sucessivas marcas de governos anteriores, de Collor a Dilma, tornam-se “anomalias”. Quando a propaganda política dá o salto para convencer corações e mentes pode cair e quebrar o pescoço, revelando as verdadeiras intenções escondidas pelos símbolos.
Discursos e documentos políticos são repletos de tergiversações, eufemismos, camadas e mais camadas de retórica que escondem as verdadeiras intenções. O que torna a linguagem verbal opaca e de difícil interpretação ou desconstrução.
 Ao contrário, produtos audiovisuais e imagens deixam transparecer atos falhos, índices, pistas que se revelam verdadeiros sintomas que podem traduzir o espírito do seu tempo.
Talvez porque as imagens trabalham com a mesma lógica dos sonhos: metáforas e metonímias ou “condensações e deslocamentos”, como Freud descrevia na sua interpretação dos sonhos.  Qualquer imagem (de fotografias ou pinturas até logotipos ou imagens publicitárias) operam por essa lógica onírica para conquistar corações e mentes. E nesse salto de propaganda para seduzir e convencer pode cair e quebrar o pescoço, deixando revelar atos falhos onde são reveladas as verdadeiras intenções.
Como toda peça de propaganda política, a marca ou identidade visual do “novo” governo do vice-agora-presidente-interino-em-exercício Michel Temer idealizada pelo marqueteiro Elsinho Mouco também nos mostra essa dupla lógica da imagem: quer ser uma metáfora, um símbolo de uma plataforma política. Mas também revela sintomas, deslocamentos metonímicos, atos falhos que demonstram intenções mais profundas – aquilo que o discurso político sempre quer esconder.

Por que o verde desapareceu?

Como simbolismo, a marca criada por Mouco trabalha com elementos da bandeira nacional como o círculo celeste e a faixa com o lema “ordem e progresso”. Como propaganda política, quer evidentemente transferir a dignidade dos simbolismos republicanos para um novo governo tornando suas intenções mais “nobres e legitimas”. Assim como todas as outras marcas dos governos que antecederam, de Collor a Dilma.
Duas coisas chamam inicialmente a atenção: primeiro, o desaparecimento da cor verde (limitada à letra do lema “ordem e progresso”) pela primeira vez no histórico das marcas dos sucessivos governos que sempre contemplaram todas as cores da bandeira nacional de forma equilibrada – como podemos observar na série abaixo; e segundo, o domínio na composição da cor azul em degradê e do círculo celeste transformado em sólido geométrico que parece pairar muito próximo sobre a palavra “BRASIL” desenhada em extrusão (convertido de 2D para 3D), em perspectiva como se estivesse colocada em uma superfície sobre a qual paira o sólido.
O interessante na percepção em semiótica são as chamadas “dominantes” seja de cor, textura, forma. Nesse caso temos a dominante da cor azul em degradê. Por que esse desequilíbrio na aplicação das cores da bandeira nacional olhando a série histórica das marcas? Estamos diante de um sintoma?
No simbolismo das cores o azul é a cor masculina – e ainda no contraste com o branco passaria os significados de “inteligência”, “racionalidade” e “concentração”, significados que no âmbito do senso comum seriam qualidades exclusivamente masculinas, contrastando com a “emotividade” feminina – leia HELLER, Eva, Psicologia das Cores, GG Brasil, 2012.

A nostalgia retro-futurista

Muitos analistas veem no ministério formado por Temer um retrocesso – eminentemente masculino, branco e rico, num país marcado pela diversidade étnica. Coincidência ou sintoma? O processo criativo da marca inconscientemente expressou essa realidade?
Mas se a cor em si é um simbolismo, o degrade é uma metonímia: dá uma aspecto 3D a dimensão plana onde repousa as palavras “Brasil Governo Federal” e confere volume à esfera azul. Se o azul expressaria um “retrocesso” (masculinização e homogeneidade étnica), esse efeito em 3D lembra outra coisa antiga: a estética “platinada”, metálica e artificial de Hans Donner. 
A primeira impressão que se tem quando bate os olhos na marca é a velha identidade da TV Globo que marcou a emissora por décadas criada pelo designer austríaco nos anos 1970: mulheres metálicas e sólidos geométricos voando em círculos no vazio onde o efeito em degrade dava um aspecto de maior profundidade para o movimento das formas.
Nos anos 1970 os movimentos futuristas de esferas, cones e pirâmides na seminal computação gráfica das vinhetas criadas por Hans Donner dava uma atmosfera de “modernidade” para  uma nova classe média que surgia no chamado “Brasil Grande” no Milagre Econômico da Ditadura Militar.  
O retro-futurismo de Hans Donner
Depois de décadas esse retro-futurismo tornou-se tão brega que a própria TV Globo abandonou a identidade visual space opera de Donner adotando uma estética mais “orgânica”: logos com desenhos em contornos estilo “hand shop”, bancadas  e cenários dos programas abandonando o visual espaçonave para adotar pisos que simulam tábuas de madeira e uma paleta de cores sem mais o brilho metálico.
A classe média já não era mais a mesma dos anos 1970, mas agora a da Classe C com novos hábitos de consumo representado pelo “funk ostentação”.










Mestre em Comunicação Contemporânea pela Univ. Anhembi Morumbi. Doutorando em Meios e Proc. Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Univ. Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comun. Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

Uma sexta com Dilma




 Sexta-feira, 20 de maio,  de 2016

Uma sexta-feira com Dilma.Uma sexta-feira de bandeiras, rosas e vestidos vermelhos, de emoções e corações valentes.Na praça Afonso Arinos o encontro com a democracia, com os amigos e companheiros de luta. Palavras de ordem, de esperança. E todos se enfeitaram para aquele momento tão especial, para a festa da democracia. Adesivos com corações, palavras amorosas, democráticas.E a multidão, mais de 10 mil pessoas, subiram lentamente a avenida João Pinheiro, entraram à direita para a rua Guajaras e, enfim, o hotel Othon. Será que ela vem? perguntavam alguns. Claro que sim! respondiam outros. E a espera começou.No terceiro anda do hotel Othon,na avenida Afonso Pena,  em torno de  500 pessoas também esperavam por ela para a abertura do Encontro dos Blogueir@s e Ativistas Digitais. Atenção. Ela chegou. Sorrisos, balões vermelhos. E todos queriam tocá-la, abraça-la. Mulheres, homens e crianças. Lentamente ela tomou o microfone e suas palavras saiam da alma e bailavam no coração de cada um. Como se a sua presença afastasse aqueles momentos tão ruins que todos ali estão vivendo. E a força daquela mulher, mãe, avó, amiga e presidenta aliviou a dor, arrebatou coragem. Sim coragem, mulher coração valente.Estamos com você, haja o que houver. Vamos lutar com você, haja o que houver. Suas palavras ecoavam pela cidade, pelas ruas e montanhas da cidade. Vamos vencer, sim. Vamos voltar a sorrir, vamos voltar com os trabalhos sociais, vamos acolher, vamos abraçar as pessoas, apertar a mão das crianças, acolher a mulher que ainda sofre violência sexual. Sim, vamos retomar nossa democracia que foi arrancada brutalmente de nossas mãos. Aos poucos os balões vermelhos, a pedido de Dilma, foram se soltandodas mãos de cada um, se misturando aos prédios e se perdendo no céu da cidade.Volta democracia, volta Dilma...

Bazardalena: casacos de Maio

Bazardalena te espera.Basta ligar e a gente marca  a hora. É isso. Sem ninguém incomodando. Só eu e você escolhendo o que fica melhor para você vestir no seu dia a dia, Tem vestidos, blusas, casacos, sapatos. Tem brincos, batas, bolsas. Tem sandálias, saias, cores.O momento é seu...