rapa de angu é um bom tira gosto - foto da Leticia Caetano

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Flores no caminho


A cada curva uma cor
em cada casa uma flor
agora foi a rosa cor de rosa
da casa do seu Tintin
na verdade uma imensa
roseira
parecia uma árvore
de rosas
na próxima virada
uma terra vermelha
uma variedade
de árvores
e a flor é amarela
margarida
grande
se entrelaçando na
árvore
dei nome
árvore de margaridas
amarelas
já vi
duas vezes
na estrada
No caminho
na montanha
espécies
diferentes
orquídeas de
montanha?
um tanto de
flores

Me lembrava
das aulas
de geografia
"Nas montanhas,
com seu clima
quente
frio
vento
chuva
as flores
são diferentes
mais fortes
folhas duras
cores
lindas
transparentes
às vezes
é, são mais fortes....


 
















Reportagem destaque: Bolsa Família aumentou estima das mulheres pobres

Vale a pena ler de novo

Entrevista realizada em 2013 com a professora da Unicamp, Walquiria Leão Rego, que explica porque o Programa provoca tanto incômodo em alguns setores.“ Esse preconceito contra Bolsa Família é fruto da cultura do desprezo”, diz pesquisadora.
Com Isadora Peron
O Programa Bolsa Família fez 10 anos no domingo, dia 20. Quando foi lançado, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, atendia 3,6 milhões de famílias, com cerca de R$ 74 mensais, em média. Hoje se estende a 13,8 milhões de famílias e o valor médio do benefício é de R$ 152. No conjunto, beneficia cerca de 50 milhões de brasileiros e é considerado barato por especialistas: custa menos de 0,5% do PIB.
Para avaliar os impactos desse programa a socióloga Walquiria Leão Rego e o filósofo italiano Alessandro Pinzani realizaram um exaustivo trabalho de pesquisa, que se estendeu de 2006 a 2011. Ouviram mais de 150 mulheres beneficiadas pelo programa, localizadas em lugares remotos e frequentemente esquecidos, como o Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas.
O resultado da pesquisa está no livro Vozes do Bolsa Família, lançado há pouco. Segundo as conclusões de seus autores, o incômodo e as manifestações contrárias que o programa desperta em alguns setores não têm razões objetivas. Seria resultado do preconceito e de uma cultura de desprezo pelos mais pobres.
Os pesquisadores também rebatem a ideia de que o benefício acomoda as pessoas. “O ser humano é desejante. Eles querem mais da vida como qualquer pessoa”, diz Walquiria, que é professora de Teoria da Cidadania na Unicamp.
Na entrevista abaixo – concedida à repórter Isadora Peron – ela fala desta e de outras conclusões do trabalho.
Como surgiu a ideia da pesquisa?
Quando vimos a dimensão que o programa estava tomando, atendendo milhões de famílias, percebemos que teria impacto na sociedade. Nosso objetivo foi avaliar esse impacto. Uma vez que o programa determina que a titularidade do benefício cabe às mulheres, era preciso conhecê-las. Então resolvemos ouvir mulheres muito pobres, que continuam muito pobres, em regiões tradicionalmente desassistidas pelo Estado, como o Vale do Jequitinhonha, o interior do Maranhão, do Piauí…

E quais foram os impactos que perceberam?
Toda a sociologia do dinheiro mostra que sempre houve muita resistência, inclusive das associações de caridade, em dar dinheiro aos pobres. É mais ou menos aquele discurso: “Eles não sabem gastar, vão comprar bobagem.” Então é melhor que nós, os esclarecidos, façamos uma cesta básica, onde vamos colocar a quantidade certa de proteínas, de carboidratos… Essa resistência em dar dinheiro ao pobres acontecia porque as autoridades intuíam que o dinheiro proporcionaria uma experiência de maior liberdade pessoal. Nós pudemos constatar na prática, a partir das falas das mulheres. Uma ou duas delas até usaram a palavra liberdade. “Eu acho que o Bolsa Família me deu mais liberdade”, disseram. E isso é tão óbvio. Quando você dá uma cesta básica, ou um vale, como gostavam de fazer as instituições de caridade do século 19, você está determinando o que as pessoas vão comer. Não dá chance de pessoas experimentarem coisas. Nenhuma autonomia.
Está dizendo que essas pessoas ganharam liberdade?
Estamos tratando de pessoas muito pobres, muito destituídas, secularmente abandonadas pelo Estado. Quando falamos em mais autonomia, liberdade, independência, estamos nos referindo à situação anterior delas, que era de passar fome. O que significa dizer de uma pessoa que está na linha extrema de pobreza e que continua pobre ganhou mais liberdade? Significa que ganhou espaços maiores de liberdade ao receber o benefício em dinheiro. É muito forte dizer que ganhou independência financeira. Independência financeira temos nós – e olhe lá.
O que essa liberdade significou na prática, no cotidiano das pessoas?
Proporcionou a possibilidade de escolher. Essa gente não conhecia essa experiência. Escolher é um dos fundamentos de qualquer sociedade democrática. Que escolhas elas fazem? Elas descobriram, por exemplo, que podem substituir arroz por macarrão. No Nordeste, em 2006 e 2007, estava na moda o macarrão de pacote. Antes, havia macarrão vendido avulso. O empacotamento dava um outro caráter para o macarrão. Mais valor. Elas puderam experimentar outros sabores, descobriram a salsicha, o iogurte. E aprenderam a fazer cálculos. Uma delas me disse: “Ixe, no começo, gastei tudo na primeira semana”. Depois aprendeu que não podia gastar tudo de uma vez.
A que atribui a resistência de determinados setores da sociedade ao pagamento do benefício?
O Bolsa Família é um programa barato, mas como incomoda a classe média (ela ri). Esse incômodo vem do preconceito.
Fala-se que acomoda os pobres.
Como acomoda? O ser humano é desejante. Eles querem mais da vida, como qualquer pessoa. Quem diz isso falsifica a história. Não há acomodação alguma. Os maridos dessas mulheres normalmente estavam desempregados. Ao perguntar a um deles quando tinha sido a última vez que tinha trabalhado, ele respondeu: “Faz uns dois meses, eu colhi feijão”. Perguntei quanto ele ganhava colhendo feijão. Disse que dependia, que às vezes ganhava 20, 15, 10 reais. Fizemos as contas e vimos que ganhava menos num mês do que o Bolsa Família pagava. Por que ele tem que se sujeitar a isso, praticamente à semiescravidão? Esses estereótipos tem que ser desfeitos no Brasil, para que se tenha uma sociedade mais solidária, mais democrática. É preciso desfazer essa imensa cultura do desprezo.
No livro a senhora diz que essas mulheres veem o benefício como um favor do governo.
Sim, de 70% a 80% ainda veem o Bolsa Família como um favor. Encontramos poucas mulheres que achavam que é um direito. Isso se explica porque temos uma jovem democracia. A cultura dos direitos chegou muito tarde ao Brasil. Imagino que daqui para a frente a ideia de que elas têm direito vai ser mais reforçada. Para isso precisamos, porém, de políticas públicas específicas. Seriam um segundo, um terceiro passo… Os desafios a partir de agora são muito grandes.

Qual é a sua avaliação geral do programa?
Acho que o Bolsa Família foi uma das coisas mais importantes que aconteceram no Brasil nos últimos anos. Tornou visíveis cerca de 50 milhões de pessoas, tornou-os mais cidadãos. Essa talvez seja a maior conquista.
Entre as mulheres que ouviu, alguma foi mais marcante para a senhora?
Uma das mais marcantes foi uma jovem no sertão do Piauí. Ela me disse: “Essa foi a primeira vez que a minha pessoa foi enxergada”. Tinha uma outra, do Vale do Jequitinhonha, que morava num casebre, sozinha com três filhos. Quando começou a contar a história dela, perguntei qual era a sua idade, porque parecia que já tinha vivido muita coisa. Ela respondeu: “29 anos”. E eu: “Mas só 29?” Ela: “Mas, dona, a minha vida é comprida, muito comprida.” Percebi que falar que “a minha vida é muito comprida” é quase sinônimo de “é muito sofrida”


Filho de Fidel Castro visita UFMG


Foi muito legal e até emocionante, a visita do conselheiro científico da República de Cuba e vice-presidente da academia de ciências (ACC) do país, Fidel Castro Diaz-Balart, filho de Fidel Castro.  Incrível a semelhança dele com o Fidel.

Atencioso, gentil e curioso, percorreu vários laboratórios do departamento de Física para conhecer pesquisas nas áreas de nanociência e nanotecnologia.
Ele é professor e doutor em ciência, e explicou que o objetivo principal da viagem ao Brasil é  conhecer as instalações e algumas das pesquisas realizadas .“Queremos estreitar os vínculos nas áreas de nanociência e nanotecnologia, e aqui há laboratórios que trabalham de forma interdisciplinar", disse.

livro


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Vozes de mestres na Funarte

 

 

De 02 a 08 de dezembro de 2013 acontece o 4º Encontro Internacional das Culturas Populares. Egberto Gismonti é uma das atrações.


O Vozes de Mestres: Encontro Internacional das Culturas Populares é uma rede de encontros continuados, em âmbito nacional e internacional, que vem se ampliando desde 2008 e ganhando espaço no cenário da valorização da cultura popular brasileira e mundial. Em dezembro de 2013, na Funarte MG, a 4ª edição do encontro terá como tema central as religiões afro-indígenas brasileiras, sua história, desafios e importância cultural. O compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti  fala ao público sobre seu trabalho na música instrumental, permeado pela experimentação. Entre os convidados internacionais está o grupo indiano Mustafa Ali Jat, que mantém a tradição da música bheth, um raro estilo que vem atravessando gerações. O grupo Urucum na Cara (BH), que integra elementos da música contemporânea com fortes influências da cultura popular brasileira dividirá o palco com a cantora e compositora colombiana Inês Granja que, junto ao músico percussionista Juan Castaño, carregam a tradição ancestral da música do Pacífico, marcada pela sonoridade da marimba de chonta. Um destaque da programação é a participação dos índios de diferentes etnias do Alto Xingu, com a presença do grande pajé Arifira Matipu. Veja a programação no site da Funarte: www.funarte.gov.br

De novo Gabi

Após uma temporada no sul do país, a cantora mineira Gabriela Pilati retorna à Belo Horizonte para lançar o seu mais novo trabalho, o show Kairónos. A apresentação reúne canções de compositores e poetas contemporâneos, como Waldemar Euzébio Pereira, Ricardo Aleixo, Makely Ka e Estrela Leminski, além de obras de grandes nomes da cena nacional, como Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Gonzaguinha e Tom Zé.
Gabriela Pilati preparou um show que discute a noção de tempo: tão antagônica e efêmera. O repertório pretende encantar e envolver o público com arranjos cuidadosos que imprimem personalidade à formação voz, piano (Davi Fonseca), baixo (Maná Morais) e bateria (Leo Lana).

EVENTO

Gabriela Pilati e Trio: Kairónos

DATA

07 de dezembro, sbado

HORÁRIO

20h


LOCAL

Sala Juvenal Dias

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA

Livre


PREÇO

R$20,00 (INTEIRA) e R$10,00 (MEIA)


INFORMAÇÕES PARA O PÚBLICO

(31) 3236-7400