rapa de angu é um bom tira gosto - foto da Leticia Caetano

domingo, 4 de julho de 2010

Viagem da Patrícia e Pedro





Fotos de Patrícia Melillo
Paraty, Rio de Janeiro
A cidade ficava de mãos dadas com o mar

As casas antigas, as igrejas espalhadas, as praças verdes, as crianças. Parecia um refúgio para o amor. O dia sempre amanhecia com um grande sol dourado e na praia, ainda com a maré baixa, ficava a marca dos pés dos pescadores. A água fria me despertava tocando e massageando meu corpo com as pequenas ondas que me cobriam. Meu corpo, já dourado, se deliciava, nadava até os barquinhos coloridos, ancorados ali perto. Iemanjá, Porto Seguro, Santa Rita, Vai e Volta e Santo Antonio eram os nomes dos veleiros que aportaram no final da tarde no cais da cidade.
Parati dos sonhos. Fui para ficar um dia e fiquei seis meses. Era um sentimento de liberdade, de vida vivida, de conhecer, de me conhecer. Às vezes parecia que era tudo irreal, que eu não existia, que o lugar não existia. Deitada na areia quente quase adormecia com o sol me tocando, acariciando, ninando. Se não fosse um siri beliscando meus pés, teria adormecido.
Me entorpecia de prazer, meu sentimento estava solto, não sentia saudades, amava e pronto.
Amava as noites, as praias, os bares, as praças.
Amava o luar, os coqueiros, o sol.
Amava e me amava.
As roupas curtas e coloridas, o cabelo amarelo do sol e do sal, os olhos sempre abertos como que para não perder nada, não deixar de ver a beleza que despontava em cada rosto, em cada canto da cidade dos sonhos...

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