Tropa de choque
Com roupa pink e métodos originais, a indiana Sampat Pal Devi, 54, anos, lidera grupo que luta por direitos em uma das regiões mais miseráveis de seu país
Sua
arma, um "lathi", bastão de bambu usado em artes marciais na Índia.
Seu
objetivo: combater a injustiça social, a corrupção e a violência contra a
mulher, incluindo o casamento de meninas.
Devi estará no dia 30 no Rio de Janeiro para participar do seminário
"Mulheres reais que transformam", um projeto da jornalista Ana Paula
Padrão e da empresária Tatianna Oliva.
Com as próprias mãos
Bem antes de as militantes do Femen causarem furor com seus métodos
pouco convencionais de protesto, Devi surpreendeu a população do
vilarejo onde mora, no Estado de Uttar Pradesh, norte da Índia, ao
enfrentar com as próprias mãos e um bastão um homem que espancava sua
mulher -prática habitual na região, uma das mais pobres do país.
Devi pediu ao sujeito que parasse de maltratar a esposa, mas não foi
atendida. Reuniu então um pequeno grupo de mulheres. Juntas, elas deram
uma surra no agressor.
Estava formada a gangue e sua estratégia de ação, que é pedir o fim de
algo considerado abusivo ou injusto e, se a reivindicação não for
ouvida, levantar seus bastões -e usá-los, se necessário.
A estreia oficial da gangue, contra o marido violento, foi em 2006, com
pouco mais de uma dezena de mulheres. Em 2008, o movimento tinha 500
militantes. Hoje, são cerca de 20 mil, incluindo homens.
Além de simpatizar com o movimento das mulheres, os homens estão lá
porque a gangue tornou-se ativa na defesa dos direitos de toda a
população contra corrupção, abuso de autoridade etc.
"Há dois tipos de injustiça: a do governo e a da sociedade. Se for do
governo, a gangue vai mostrar seus bastões para quem for a maior
autoridade, até conseguir uma resposta", diz Devi.
Entre outras coisas, o grupo sequestrou um caminhão com doações de
alimentos que estavam sendo desviadas por funcionários do governo para
serem vendidas no mercado.
MULHERES REAIS QUE TRANSFORMAM
QUANDO: 30/10, das 9h às 14h
ONDE: Sheraton Rio, av. Niemeyer, 121, Rio de Janeiro
Atores, músicos, amigos, familiares, jornalistas e um grande número de moradores da cidade prestaram homenagem a atriz Cecília Bizzotto, na praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Efigênia. Os alunos da atriz, do grupo de teatro Valores de Minas, fizeram performace representando a dor, a saudade e reivindicaram o fim da violência. Uma dançarina de branco soltou uma pomba representando a paz, além de leituras de poesias, flores e velas. Os balões e os cartazes representavam a banalização da violência e a falta de políticas públicas para a segurança na cidade.Outras familias que também perderam pessoas assassinadas, participaram do protesto.
Participar do aniversário dos 20 anos da Dadá foi aquela viagem ao passado. Década de 80, bairro Barroca, domingo, 8 horas da noite. Marcelo aparece com uma caixa de fósforo para mostrar uma nova arte que nem ele mesmo sabia que iria acompanhá-lo a vida toda, de tanto que deu certo. Curiosa, abri a caixinha e como numa magia ali estavam os personagens que passaram a marcar a vida de milhões de crianças. A Dadá, o gatinho, a Dadinha. Cabelos, cores, vestidos. Chamei a Denise que pirou: como assim? como você conseguiu fazer esta mágica? A partir daí a Dadá foi para as páginas dos livros que fez a alegria da garotada. "Olha a Dadá, o gatinho e a sua boneca fazendo xixi", diziam as crianças batendo palmas e sorrindo. "E está página colorida da Dadá tomando café"? gritavam outros. A partir daí Marcelo não abandonou mais o mundo infantil e continua mostrando às crianças a importância do brincar, colorir e soltar a imaginazação. O prazer da poesia nas curtas linhas do "Asa de Papel", os sons e o cotidiano da rua no "Tem de tudo nesta rua" e por aí vai, plantando e enriquecendo o mundo infantil.Vai Marcelo...
