segunda-feira, 13 de junho de 2011
Bate coração
Eram 18 horas da tarde de quarta-feira, dia 8, quando cheguei à Praça 7, depois de saborear o gostoso cachorro quente das Lojas Americanas com seu cheiro de infância. A praça, coração da cidade, estava repleta de pessoas - crianças, adolescentes, homens e mulheres que, com faixas e banners nas mãos, se indignavam contra os baixos salários dos trabalhadores da educação e da polícia civil.Há tempos não via um movimento de trabalhadores tão forte, resistente. No Pirulito não cabia mais pessoas, bandeiras e faixas.Algumas até bem humoradas balançavam com a brisa leve do fim da tarde. No céu, apesar de alguns helicóperos do governo fazendo a vírgilia do movimento, a lua mansa surgia no meio do céu, colada no histórico edificio Helena Passig. Com a lua também surgiam pessoas apoiando o movimento e juntando aos grevistas. Mais policiais civis surgiam na Afonso Pena em passeata desde a praça da Liberdade onde fizeram uma grande mobilização. O som estridente dos apitos e da música do caminhão de som se misturavam e atraíam mais pessoas. Senti por um momento uma sensação de cidadania, que a democracia deve ser exercida a cada minuto para fazer um mundo melhor. Só que aquele momento, no outro dia, desapareceu, saiu em poucos jornais. Mas como já canta nosso Chico Buarque " a dor da gente não sai no jornal"...
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